NOTÍCIAS » Nº DE MULHERES QUE TIRAM CNH DEPOIS DOS 25 ANOS É MAIOR QUE DE HOMENS

Estudo foi realizado pelo Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR). Em 2015, foram expedidas 23.563 licenças para mulheres desta faixa etária.

O número de mulheres entre 25 e 55 anos que tiram a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) é maior que o de homens da mesma faixa etária. O dado faz parte de uma pesquisa do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR). O estudo mostra que, em 2015, foram expedidas 23.563 licenças para mulheres, enquanto o número de novos documentos para homens é de 14.528.

A explicação do órgão é de que os homens dão entrada na carteira de habilitação logo após completar 18 anos. Já as mulheres deixam para dirigir mais tarde, normalmente quando precisam do carro para alguma necessidade, como, por exemplo, levar os filhos ao colégio ou à casa de amigos.

Devido a uma necessidade, a professora Déborah Cordeiro, de 43 anos, deu entrada na carteira de motorista.

"Como eu tenho duas filhas e, na época que tirei a carteira elas eram adolescentes, tinha aquela questão de ir estudar na casa de amigas e as festinhas também. O nosso carro ficava na garagem de casa, então eu decidi tirar a habilitação para facilitar a locomoção com as filhas", explicou.

Para a professora, a cautela somada à maturidade pode trazer uma nova realidade para o trânsito. "Procuro cuidar muito de mim e daqueles que estão próximos, até porque eu transporto as minhas filhas. Então eu cuido também da segurança delas. Com certeza sou uma motorista consciente", contou.

Já o número total de mulheres ao volante no país é menor que o de homens. São 3,5 milhões de motoristas do sexo masculino contra 1,7 milhões do sexo feminino.

"Ainda existe aquele preconceito histórico contra as mulheres. Porém, aquela máxima de 'mulher no volante, perigo constante' não é válida. Não se pode mais pensar sob essa perspectiva porque o que é exigido do homem é também exigido da mulher. A legislação e o rigor é o mesmo para ambos os sexos e a responsabilidade no trânsito tem que existir das duas partes", disse o sociológo Eduardo Emmerick.

28/10/2015 13h03 - Atualizado em 28/10/2015 13h08

Do G1 PR, com informações da RPC

30 out 2015 - G1 - ParanáVoltar