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O preço da imprudência



Emmanuel Pinheiro/EM


Para vencer a guerra no trânsito, PRF precisa de mais policiais
O total de acidentes no país durante a Operação Verão deste ano – 27 mil – representou um aumento de 7,48% em relação a 2006. O número de mortes cresceu 3,46% e o de feridos, 10,39%. Cálculos feitos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) com base em um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que o país perdeu, nos 80 dias de operação, mais de R$ 1,5 bilhão. Em 2006, o Ipea publicou levantamento sobre o custo das tragédias, considerando fatores como perda de produtividade, atendimento médico e de urgência, danos à propriedade pública e privada e faixa salarial.

Pelos cálculos, um acidente com uma morte custa ao Brasil R$ 418.341, enquanto um ferido tem um custo de R$ 86.032 e uma ocorrência sem vítima, R$ 16.084. De acordo com o Ipea, o país perde, anualmente, R$ 22 bilhões com os acidentes de trânsito em rodovias, sendo R$ 6,5 bilhões apenas nas federais. A pesquisa tem números da PRF e outros órgãos de fiscalização rodoviária. Em Minas, os 239 mortos custaram quase R$ 100 milhões, e os feridos, cerca de R$ 309 milhões, aos cofres públicos.

Segundo pesquisas do Núcleo de Estatísticas da Polícia Rodoviária Federal, a imprudência é a principal causa de acidentes nas estradas federais. Pelo Relatório Informativo de Acidentes de Trânsito (Riat), a maioria ocorre em trechos com pista boa (80,75%), nas retas (69,48%), de dia (59,44%) e com tempo bom (67,05%). O fator mais alegado pelos condutores na ocorrência de trânsito é a falta de atenção. Os homens são maioria entre osmortos: 78,41%.

07 mar 2007 - Estado de Minas- 06/03/07Voltar