No Congresso Nacional já existe um movimento para acabar com a exigência dos simuladores em autoescolas. A Câmara Federal aprovou na terça-feira (11) regime de urgência para um projeto que revoga a resolução do Conselho Nacional de Trânsito que exige simulador em autoescola. Semana que vem o projeto vai para o plenário da Câmara e em seguida para o plenário do Senado. E aí? O que vão fazer com quem cumpriu a regra e já se equipou?
Câmara e Senado fizeram o Código de Trânsito que criou o Conselho de Trânsito, para baixar resoluções técnicas. Agora, o Legislativo quer derrubar uma delas. E é bom lembrar que é usual políticos nomearem protegidos para órgãos de trânsito, que aí carecem de administrações técnicas, como deveria ser.
Por outro lado, o Contran com frequência prorroga a entrada em vigor de suas próprias resoluções, até três vezes, o que mostra uma certa distância com a realidade. Poderia se criticar o Legislativo dizendo que está preocupado com autoescola, quando a emergência deveria ser para leis contra o crime e a violência. Mas, afinal, o trânsito mata tanto quando os criminosos.
Em Brasília, as autoescolas já tiveram simulador – mecânico – não funcionou nem mostrou resultados, lá na década de 1980. Porque o problema maior é o sistema de avaliação, os exames, que cobram apenas o mínimo necessário para dirigir. E aí, o resultado é o despreparo do motorista, que produz acidentes. Basta observar em toda a parte, que motoristas habilitados não sabem sequer para que servem as luzes do veículo
Edição do dia 12/02/2014
12/02/2014 10h24 - Atualizado em 12/02/2014 10h25