Aprovado, ele era encaminhado para o teste de circulação. Se antes disso a reprovação na baliza era de 70%, o índice de aprovação passou a ser de 80%. Porém, atualmente, de acordo com o chefe de Habilitação do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Anderson França, dos aprovados na baliza, 20% são reprovados.
“Percebemos que os alunos estão treinando mais a baliza do que o restante pedido no exame. E fica nisso somente, não dão ênfase para o restante. A mudança é uma tentativa de aumentar o índice de aprovação”, explica o delegado.
A dona de casa Dalva Gonçalves gostou da alteração. “Acho melhor fazer o teste de circulação primeiro. A baliza é muito complicada”, afirma. O instrutor Wellington Mendes também aprovou. “Agora o aluno não será treinado somente para a baliza, como estava acontecendo por aí. Eles serão igualmente instruídos também para a direção”, diz.
Esta não será a única mudança anunciada pelo Detran neste mês. O delegado Anderson França acredita que, até o final de agosto, as autoescolas comecem a implantar o sistema biométrico para as aulas de direção, como acontece para os alunos do curso de legislação. “A intenção é coibir as fraudes. Hoje, mesmo sabendo que a carga horária não está sendo cumprida, temos que confiar no que está no livro”, afirma.
Três estabelecimentos na capital fazem os testes desde a semana passada. A proprietária da autoescola Belvedere, Roberta Torres, uma das participantes dos testes, avalia este período como positivo. “Mas teremos que intercalar as aulas no período da noite, pois está atrasando os alunos. Para abrir as aulas, cada aluno leva em torno de 30 segundos”, diz. Uma dificuldade que está enfrentando é não ter estacionamento para os carros. “Assim, o aluno para o carro a dois quarteirões daqui, abre a aula, volta para o carro e depois volta para fechar a aula”, explica.