NOTÍCIAS » SIMULADORES DE DIREÇÃO ATINGEM 92% DOS CANDIDATOS À HABILITAÇÃO NO PAÍS

O portal Radar Nacional publicou uma matéria sobre o uso do simulador de direção veicular no país.

A publicação ouviu a diretora de Educação para o Trânsito do Siprocfc-MG, Cláudia dos Santos, que contou qual é a opinião da maioria dos alunos que utilizam o equipamento. De acordo com ela os alunos, “sempre falam que chegam mais bem preparados ao veículo, sabem a hora de trocar de marcha e conhecem os controles básicos”, por exemplo.

Confira, abaixo, a matéria na íntegra:

"Três meses depois de tornar-se obrigatório, o simulador de direção veicular já é usado em 92% das demandas por emissões da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Presentes em 21 estados, os equipamentos já foram usados em 2 milhões de instruções nos Centros de Formação de Condutores (CFCs).

Seis estados ainda não contam com os equipamentos e trabalham para agilizar a adaptação. Existe resistência por parte das autoescolas que não querem arcar com os custos dos equipamentos. Além disso, há também atrasos nas entregas por parte dos fornecedores. “Essas regiões, que representam menos de 8% das CNHs brasileiras, precisam correr. Não podemos ter um condutor bem formado no Rio Grande do Sul, por exemplo, e outro com formação antiga no Mato Grosso, visto que a carteira tem validade em todo território nacional”, explica Paulo Guimarães, diretor técnico do Observatório Nacional de Segurança Viária (OSNV).

Wallace de Souza Lima, proprietário de um CFC em Rio Branco, no Acre, afirma que os simuladores têm dado bons resultados no processo de aprendizado dos candidatos à habilitação. “Já percebemos uma queda de 60% no índice de reprovação nas provas práticas”.

Quem concorda com Lima é Claudia Mascarenhas, que também é proprietária de um CFC em Ouro Preto, Minas Gerais. “Eles sempre falam que chegam mais bem preparados ao veículo, sabem a hora de trocar de marcha e conhecem os controles básicos”. Para ela, há ainda um ganho financeiro para a autoescola. “Como os alunos já iniciam as aulas no carro sabendo trocar as marchas de modo correto, notei redução de custos com a manutenção dos veículos”, garante.

Marilene Bezerra, proprietária de uma autoescola em João Pessoa, na Paraíba, afirma que não acreditava na aplicabilidade dos simuladores. Mas mudou de ideia. “No começo ficamos revoltados, mas hoje, não queremos que saia (a obrigatoriedade) de jeito nenhum”, explica. “No nosso estado, o número de acidentes diminuiu de modo significativo”, finaliza ela, que destaca, ainda, que a possibilidade de realização das aulas noturnas no simulador aumenta a segurança de alunos e instrutores.

Atrasos
Detrans dos estados nos quais os simuladores de direção veicular ainda não estão implementados seguem em negociação junto ao Denatran e ao Contran para que, o quanto antes, estejam adaptados.

Um dos estados com maior dificuldade na adequação à norma é Goiás. A poucos dias do prazo final de adequação acordada com o Ministério Público de Goiás (MP-GO) para a instalação dos simuladores de direção, a maior parte das autoescolas ainda não instalou o equipamento. E isso tem preocupado o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-GO).

Segundo o diretor da autarquia, Manoel Xavier, alguns empresários do setor resistem em implantar os simuladores. Dificuldades financeiras e a falta de equipamento a pronta entrega são as principais justificativas. Diante da ausência de proposta do setor, o sistema nacional chegou a ser bloqueado, inviabilizando o andamento dos processos. “A resolução é nacional, tanto que em outros estados os simuladores estão funcionando perfeitamente. Nossa preocupação é que essa resistência prejudique os candidatos”, afirma.

Os prazos em Goiás serão cumpridos, de acordo com Manoel Xavier. A partir de 18 de abril termina o prazo para Região Metropolitana, e 31 de maio, para o interior. Os CFCs que não se adequarem perderão o acesso ao sistema nacional.

Na avaliação do presidente da Associação dos CFCs, Jader Naves, acredita que, até dia 18 de abril, os estabelecimentos cumprirão o prazo. “A empresa de simuladores está passando os contratos para os CFCs. A empresa foi escolhida por ter credibilidade.” Assim, ele espera não ter problema com o prazo estabelecido pelo MPGO.

De acordo com o presidente dos CFCs, Belchior Queiroz, empresários aguardam a chegada de 10 a 20 equipamentos até maio. A empresa contratada trabalha em parceria com o sindicato para a implantação dos simuladores.

by Redação , 12 de abril de 2016 "

13 abr 2016 - Radar NacionalVoltar