Autoescola fecha e deixa prejuízo para os alunos em Uberlândia, MG
Desde o início do mês, a Autoescola Oriente não está mais atendendo.
Advogada orienta que os lesados devem procurar o Procon ou a Justiça.
Do G1 Triângulo Mineiro

Alunos de uma autoescola que teve a autorização para o funcionamento cassada reclamam que ficaram noprejuízo, em Uberlândia. Eles contaram que pagaram pelo processo para tirar a Carteira Nacional deHabilitação (CNH), mas com o fechamento da autoescola não puderam concluí-lo e agora terão que lutar naJustiça para reaver o que já foi pago.
Desde o início do mês, a Autoescola Oriente não está mais atendendo. E quem pagou pelo serviço vai terque entrar na Justiça se quiser ver novamente o dinheiro investido. Na autoescola os telefones para contatoforam arrancados. Mas alunos contaram que mesmo antes do fechamento, negociar estava difícil. Como foio caso de Samantha Rezende Mendes, que já concluiu as aulas de legislação, mas não conseguiu marcar aprova. "Encontrei o local fechado, os telefones que eles deixaram para contato a gente não consegue falar.
E eu tenho que procurar outra autoescola se quiser dar continuidade e tendo que pagar tudo novamente",disse Mendes.
Samantha pagou mais de R$ 400 ao todo pelas aulas de direção. Já o operador de máquinas, Paulo
Francisco Ribeiro, só conseguiu fazer três treinamentos na rua e desde julho não conseguiu marcar horários.
"Eles marcavam e daí ligavam para mim desmarcando. Às vezes eu ligava aqui também e eles não
atendiam", contou Ribeiro. Além de Paulo, a esposa dele e dois enteados estão na mesma situação.
O G1 ligou no telefone de contato da autoescola divulgado, mas as ligações não foram atendidas.
Em nota, o Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG) informou que a autoescola teve aautorização de funcionamento cassada por questões administrativas. Os alunos podem pedir a transferênciada carga horária já concluída para dar continuidade ao processo em outra autoescola. As taxas estaduaisque não foram usadas podem ser validadas.
Para recuperar o dinheiro do serviço que não foi prestado, a orientação da presidente da Comissão deDireito do Consumidor, Ana Maria Alves Cabral, é procurar a Justiça. "Tem que procurar um órgão de defesado consumidor, nesse caso é o Procon, levar os documentos que tiver, ou seja, contrato, recibo depagamento e pleitear o seu direito de ressarcimento. Ela pode também procurar um advogado oudiretamente o Juizado Especial Cível e entrar com uma ação de indenização", explicou.