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Estradas estaduais vão ter 170 novos radares
Bianca Melo
Euler Junior/EM/D.A Press 30/10/08
Com os equipamentos, fixos e móveis, Polícia Rodoviária Estadual vai controlar motoristas imprudentes

O motorista que trafega pelas estradas estaduais mineiras pode esperar mais controle e, segundo o secretário de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), Fuad Noman, mais segurança nas pistas em 2009. Setenta radares móveis vão ser distribuídos no interior de Minas. E a Setop espera retomar a licitação para instalação de mais 100 (fixos, redutores eletrônicos de velocidades e lombadas eletrônicas). A licitação, lançada neste ano, foi suspensa a pedido do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Hoje são 18 equipamentos móveis controlados pelo estado, operados pela Polícia Militar. “Até o início do ano, não tínhamos nenhum móvel, mas é que eles só se justificam depois que investimos para termos estradas boas”, afirmou o secretário.

Os 70 aparelhos começam a chegar em fevereiro. “Queremos pelo menos dois radares em cada regional de Minas para que os policiais possam circular a partir da necessidade de cada área”, acrescenta Noman. Aumenta também o número de postos de pesagem de carga controlados pelo estado: de 18 para 30. Eles ficam em rodovias mais estruturadas, como as próximas a Varginha, Poços de Caldas e Itajubá, no Sul de Minas, e Juiz de Fora, na Zona da Mata, todas reformadas este ano. Muitos desses trechos e de outros que vão receber obras de manutenção serão transferidos para a administração de empresas privadas.

Aqueles serviços de resgate de carros em vias movimentadas começam lentamente a se tornar realidade em Minas. O chamado Serviço de Atendimento Integrado foi anunciado para a recém-entregue Linha Verde e, em 2009, será implantado em outros 152 quilômetros de rodovias, ainda a serem definidos. As estradas que levam a São João del-Rei, no Campos das Vertentes, serão as primeiras a receber o serviço, segundo o secretário.

Para financiar as novidades, o orçamento estadual para gastos em infra-estrutura será acrescido em 6,63% em 2009, totalizando R$ 1,8 bilhão. É muito dinheiro, mas ainda não é suficiente para resolver os problemas de acesso no interior. Mesmo com obras desde 2003 pelo programa ProAcesso (ligação asfáltica entre municípios), faltam mais de 2 mil quilômetros de asfalto para melhorar as entradas de cidades do Norte e do Jequitinhonha. Ao final de 2009, restarão ainda 30% para bater a meta do programa de 5.600 quilômetros com necessidade de asfaltamento. “Começamos pelos mais fáceis e temos desafios, como um trecho de 120 quilômetros em Formoso, no Noroeste do estado”, diz Fuad Noman.

TERMINAIS

Na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), 2009 representa o início da construção de 10 Terminais Metropolitanos de Integração de Transportes (TMIT). São espaços geralmente próximos às saídas das cidades que permitirão facilidade no deslocamento de quem deseja transitar entre as cidades da Grande BH. As pessoas não vão precisar passar pela capital, como ocorre hoje. Estão previstos terminais em Santa Luzia, Ibirité, Sarzedo, Sabará, Vespasiano, Ribeirão das Neves, dois em Betim e dois em Contagem. Até 2010, o governo promete que todos estarão prontos. Para municípios como Sete Lagoas está programada remodelação do acesso principal.

A pequena estrada que liga o Centro de Brumadinho ao Instituto Cultural Inhotim, na zona rural do município, já não atende ao grande movimento do local e, no ano que vem, terá novo traçado de 1,5 quilômetro e uma ponte para melhoria do trajeto. Na capital, o maior recurso será investido na cobertura do canal do Bulevar Arrudas próximo à Alameda Ezequiel Dias, em uma extensão de um quilômetro em dois sentidos, considerando que são pistas duplas. Em outro ponto do Arrudas, no limite de Belo Horizonte com Contagem, uma grande obra já iniciada receberá mais R$ 205 milhões para que seja concluída até 2010. Tirando R$ 50 milhões financiados pelas duas prefeituras e pelo estado, o restante virá do governo federal. Estão previstas, ainda, a recuperação do Ribeirão Arrudas próximo à fábrica da Vallourec Mannesman e a transferência de 960 famílias que vivem às margens do rio para apartamentos.
17 dez 2008 - Estado de MinasVoltar