NOTÍCIAS » ÍNDICE DE REPROVAÇÃO PARA TIRAR CNH EM JUIZ DE FORA BEIRA 75%

Percentual é o maior do estado e está acima da média prevista pelo Contran. Delegado Regional diz que candidatos vão para prova despreparados.

O índice de reprovação nos exames para retirada da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do tipo “B” em Juiz de Fora é mais alto que no resto do Estado de Minas Gerais. De acordo com o Departamento Estadual de Trânsito (Detran), 74,8% das pessoas que tentaram a prova na cidade, de janeiro a outubro deste ano, foram reprovadas. No estado, o percentual nesse mesmo período foi de 69,17%.

Apesar do alto índice, a estatística deste ano é um pouco melhor do que a do mesmo período do ano passado, quando 76,75% dos candidatos foram reprovados.

O percentual está longe de cumprir a exigência de aprovação mínima de 60%, prevista na resolução 358 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), para a manutenção do credenciamento dos Centros de Formação de Condutores.

Além de preocupar as autoescolas, o índice também desagrada os candidatos. A enfermeira Aline de Souza já está no terceiro exame. “Não aguento mais. Tenho certeza, que esse será o último”, disse.

O jornalista, 23 anos, que não quis se identificar, teme perder a pauta sem conseguir a aprovação. "Já gastei muito dinheiro e não tenho como gastar mais. Vou para o quarto exame e minha pauta vai vencer em abril. Já pensei até em desistir. O problema é que já ficamos nervosos e sabendo desse índice de reprovação,o nervosismo aumenta."

Simulador
Para os que vão começar o processo para a primeira habilitação do tipo “B” em 2016, uma novidade: o uso dos simuladores. A partir do dia 1º de janeiro, a nova regra passa a valer em Minas Gerais e estabelece a obrigatoriedade do uso do equipamento.

Das 25 aulas, oito podem ser feitas no simulador. Cinco delas serão obrigatórias. Para o Delegado Regional de Juiz de Fora, Luciano Vidal, a medida pode interferir diretamente nos índices de aprovação e reprovação nos exames.

Ele ainda defende o rigor na avaliação, e lembra que muitos candidatos fazem o mínimo de aulas necessárias e acabam chegando despreparados para os exames. “O rigor existe para que o impacto não seja sentido nas ruas. É preciso resguardar a integridade física dos pedestres e outros motoristas”, finalizou o delegado.

23/11/2015 19h43 - Atualizado em 23/11/2015 19h43

Do G1 Zona da Mata

26 nov 2015 - G1 - Zona da Mata - MGVoltar