Os altos índices de reprovação de candidatos à habilitação no Piauí levaram o Departamento Estadual de Trânsito a tomar atitudes mais drásticas. Agora, as autoescolas que atingirem a média inferior a 60% de aprovação dos alunos nos testes teóricos e práticos correm o risco de perder o credenciamento na autarquia.

Um levantamento do Detran mostrou que a maioria das autoescolas do Estado estão com índices abaixo da média. A direção de habilitação da autarquia irá chamar os diretores de ensinos e gerais para que sejam definidas medidas de melhoria nos indicadores. A partir de agosto, o órgão passará a divulgar mensalmente o ranking de desempenho das autoescolas e exigir que as metas sejam cumpridas.

O ultimato éamenizado pelo diretor de habilitação do Detran-PI, Venâncio Cardoso, que classifica a medida de “incentivo” para que as autoescolas melhorem a estrutura e métodos de ensino e, consequentemente, formem melhores condutores.

“As escolas que perdurarem o ano todo com o índice abaixo do esperado podem ter dificuldades na hora da renovação e até perder o credenciamento. O Detran vai fiscalizar para saber o motivo do baixo índice de aprovação”, explica Venâncio Cardoso.

A fiscalização das autoescolas também será intensificada. “Nossa meta é fazer com que condutor tenha uma boa formação. Para isso, a autoescola necessita ter instrutores qualificados, veículos novos e em bom estado, uma boa estrutura física e acessibilidade, e que o aluno cumpra realmente a carga horária”, afirma o diretor de habilitação do órgão.

Ainda segundo o diretor, exigir mais no aprendizado dos alunos vai diminuir os acidentes e acidentes de trânsito e as infrações, combinado com a fiscalização das vias públicas. Na capital Teresina, as ações do Detran no trânsito ajudaram a reduzir as autuações em 26,64% no primeiro trimestre. Já a partir de abril, a redução é de mais de 50%. “Todos esses indicadores são os principais requisitos para que o número de aprovação aumente e isso gera também melhores condutores, resultando em um trânsito mais seguro”, ressalta o diretor de habilitações.

Ainda assim, são necessárias mudanças de comportamento do motorista. No semestre, a maioria das infrações se configura como gravíssimas (3.379 casos), 76,6% do total. As consideradas graves atingiram 219 registros (4,9%) e ainda houve 149 infrações médias (3,3%) e 664 leves (15%).

24 DE JULHO DE 2015 POR RADAR NACIONAL