O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, concedeu entrevista ao canal fechado GloboNews (Central GloboNews), nesta quarta-feira (31/07/19). Sob análise do presidente do Siprocfc-MG, Alessandro Dias, o vídeo merece atenção especial no tempo 01:02:40, quando ele começa a falar sobre trânsito, sobre educação e destaca uma possível atuação nas escolas com o material produzido pelo Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV) e também fala sobre o alto índice de acidentes com motocicletas nas cidades.

"O setor precisa entender, de uma vez por todas, que, se não focarmos na formação, os CFCs vão acabar. O "ataque" está ligado diretamente a esta "sensação" de que não desempenhamos este papel com eficiência. O setor só foca a discussão em reduzir imposto, reduzir exigências, tirar requisitos, acabar com imposição, mas o que ele tem oferecido em troca, de fato?", questionou o presidente Alessandro.

Sem generalizar, o presidente do Sindicato reflete sobre a dificuldade de o CFC que foca na formação se manter no mercado. "O modelo aplicado está banalizado pelo setor. Na visão de muitos ditos "empresários", quanto mais barato, melhor", afirmou Alessandro, que também acredita que a formação de moto será muito atacada. "O modelo atual não forma. O governo já tem monitorado isso e tem dados. O que o setor quer rebater, sem fazer o mesmo", disse.

"Estive estes dias no Rio Grande do Sul e visitei alguns CFCs. O foco lá é a formação. Esse é o negócio deles. É "outro país" para muitos, mas se não tivermos como referência o modelo que melhor se aproxima do que almejamos e do que o governo está priorizando, será uma briga em vão. A sociedade já não suporta isso. As pessoas sabem que é caro pelo que é entregue. Mas lá a visão é outra: um diretor é diretor de fato. A formação é colocada como prioridade. Fica claro ao andar nas ruas. Fiquei impressionado com a forma de atuação. Instrutores altamente capacitados, preparados para assumir uma sala de aula. Um simulador, ou um veículo, estrutura invejável, aulas dinâmicas e que visam a formação e não o decorar para a prova.

Foi essa a impressão deixada e que devemos nos dedicar aqui em Minas, para seguir o modelo. Tenho certeza que muitos querem o mesmo, pois isso terá como consequência a valorização da atividade e o efetivo reconhecimento da sociedade frente ao nosso papel, que é mudar a realidade do trânsito do país.

Espero contar com o apoio do setor nesta luta!"

Alessandro Dias – presidente do Siprocfc-MG

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